No Brasil, a falta de escolarização e de uma educação partidária sempre foi usada como uma ferramenta de alienação e de controle por líderes ditatoriais e pelos “coronéis”. Exemplificado, pelo período da ditadura militar, no qual todas as escolas foram proibidas de ensinar conteúdos partidários contrários a ditadura, pois esses conteúdos formavam opositores conscientes, que se rebelariam contra o governo, derrubando-o. Atualmente, alguns governantes buscam leis para legalizar essas ferramentas de controle, afim de se manter no poder, como, por exemplo, a lei Escola Sem Partido, que irá dificultar, ainda mais, diversas questões político-sociais no país. A escola, para alguns governantes, é , na verdade, uma obrigação imposta à todas as crianças e jovens, para que essas possam adquirir qualidades exigidas pela sociedade e que serão usadas posteriormente, tais como, a disciplina e os conhecimentos técnicos, que permitem a inserção dos jovens no mercado de trabalho e que possibilitam o aumento do Produto Interno Bruto e da arrecadação de impostos. Logo, para eles, é desnecessária uma educação partidária, uma vez que ela não aumenta a tributação e, ainda, interferi no poder político. Todavia, a escola partidária é necessária, visto que sem ela os jovens cidadãos, não tomariam consciência dos seus direitos e da corrupção brasileira. Eles permaneceriam inertes a toda essa situação e só votariam com base em tradições, laços afetivos, “apadrinhamentos” ou interesses financeiros, como no “curral eleitoral”. Como reflexo disso, haveria mais desvios de verbas da educação, da saúde, do saneamento e de outras áreas e o que já está deplorável, se tornaria pior. Infere-se, portanto, que a escola sem partido é só mais uma ferramenta de alienação, sendo necessário que o legislativo impeça a ratificação dessa lei. Além disso, o Ministério da Educação, deveria impor aulas de filosofia e sociologia política nas grades escolares do ensino fundamental e médio. As escolas podem criar salas de debates políticos ou de questões escolares, como uso de uniformes, drogas, a violência escolar e entre outros e os pais, precisam incentivar a participação política dos filhos desde cedo.