A educação é fundamental para o desenvolvimento do país, a diminuição dos índices de analfabetismo da população somado ao aumento de egressos na educação superior demostram que o Brasil tem avançado nessa pasta. No entanto, uma parcela da sociedade, contrária ao debate escolar, tenta limitar a relação entre professores e alunos à simples transferência de conteúdo, processo que representaria um retrocesso na construção de uma geração mais aberta ao diálogo. Mais que ensinar leis da física ou fórmulas matemáticas as instituições de ensino são essenciais na construção da cidadania. Ao promover debates sobre questões ligadas à moral ou a sexualidade a escola não busca entrar em conflito com valores religiosos ou familiares do aluno, mas mostrar a diversidade de opiniões e a necessidade de se respeitar todas elas, desde que estejam de acordo os com valores democráticos da nossa constituição. Ainda sobre a perspectiva de não se poder limitar o debate escolar, é possível ressaltar o pensamento atribuído ao filósofo iluminista Voltaire "posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo", O direito à emissão de opinião, defendido nessa citação, é um dos pilares da democracia e restringi-lo, em um ambiente de formação de pessoas, é despreparar as futuras gerações para a aceitação da pluralidade de valores, comum à uma sociedade miscigenada como a brasileira. Infere-se, portanto, que limitar a escola á transferência de conteúdo é um retrocesso. Todavia, é necessário que o governo invista na formação de professores, por meio de programas de incentivo à especialização, para que o educador esteja melhor preparado para o exercício da sua função, também é fundamental que o ministério da cultura lance campanhas de conscientização da população acerca do respeito ao debate, por fim, cabem aos pais ensinarem seus filhos o valor do diálogo, pois é através dele que a humanidade evolui.