A doutora em educação e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas Sandra Unbehaum afirmou que não se pode desenvolver pensamento crítico em um aluno sem a discussão sobre política, filosofia, sociologia e história. Porém, ela está equivocada, uma vez que os alunos não podem discutir ideias, porque elas já vem prontas e formuladas pelos professores e o que cabe aos estudantes é aceitá-las sem conhecer outros pensamentos. Sob essa ótica, seria construtivo se os professores ensinassem toda história, sociologia e filosofia de maneira imparcial, e os alunos, conforme suas preferência ideológicas, pudessem acatar e seguir uma ideologia que mais lhes fizesse sentido. Pelo contrário, professores, principalmente os que ensinam matérias de humanas, já pregam ideologias sobre religião, gênero sexual, política e economia, o que impede a crítica do aluno e o restringe de conhecer outros pensamentos. Para que esse problema fosse resolvido, surgiu o Escola Sem Partido em 2004, com o intuito de extinguir a doutrinação. Além disso, vale ressaltar que nas escolas deve ser ensinado sobre várias correntes de pensamento, seja da esquerda, direita ou dos liberais, de forma neutra. Para exemplificar, na sociologia deve ser ensinado sobre Karl Marx e na Biologia sobre Charles Darwin, mas jamais impor suas teorias como verdadeira e muitos menos como únicas, pois estariam contrariando o criacionismo e a religião, o que fere a liberdade de pensamento de muitos estudantes e, consequentemente, a democracia. Ademais, doutrinar alunos não é ensinar a pensar e nem desprendê-lo de uma gaiola, mas é acorrentá-lo em correntes que o impeça de pensar por si só. Dessa forma, conclui-se que os estudantes precisam ter liberdade de pensar e acreditar em uma ou mais ideologias de todas que são ensinadas em uma matéria, sem que haja doutrinação. Porém, para isso, além do Escola Sem Partido, disciplinas de Economia e Direito devem ser implantadas nas grades curriculares, para que o aluno tenha uma visão ampla sobre a sociedade, economia, política e saiba então, debater ideias, aprendendo a ter livre curso de pensamento, raciocínio e o entendimento de qual filosofia mais o agrada.