A manipulação por meio da doutrinação já ocorre há muito tempo no Brasil, tendo como exemplo o processo de aculturação, ocorrido quando a cultura portuguesa foi imposta aos índios na colonização. Recentemente, surgiu um movimento que defende que a escola seja apartidária, ou seja, neutra em relação a ideologias e que apresente pluralismo de ideias, permitindo e incentivando a livre escolha do aluno. O movimento é questionado pelo fato de que o diálogo na sala de aula e o trabalho do professor e o seriam prejudicados, já que este teria de se manter neutro e não poderia disseminar seu pensamento. No entanto, é possível que haja um diálogo desde que sejam apresentados ambos os lados, informando os alunos e respeitando os ideais de cada um. Uma escola neutra também possibilitaria um pluralismo de ideias a serem ensinadas, ao invés de apresentar aos estudantes uma única possibilidade. Haveria um leque muito mais amplo de pensamentos, o que é imprescindível para que o estudante forme sua opinião. As diferentes teorias e pontos de vista sobre questões políticas seriam apresentadas de forma justa, criando condições para que os alunos criem pontos de vista autônomos. Por tudo isso, uma postura neutra adotada pela escola apenas incentivaria e possibilitaria que o aluno forme sua própria opinião, já que está não deverá nunca ser imposta pela escola, além de poder contar com uma pluralidade maior de teorias e pensamentos. Para incentivar uma postura autônoma do aluno, podem ser promovidos debates saudáveis mediados pelo professor, sempre com respeito à opinião dos colegas.