Atualmente, no cenário brasileiro, é promovida uma maior imparcialidade (principalmente por grupos conservadores) com relação ao ensino nas escolas nacionais, mas será que isso é realmente possível e benéfico? Esse tema realmente é o mais importante na pauta da educação? Primeiramente, deve ser explicitado que é claramente impossível transmitir conhecimento de modo imparcial, visto que todo conteúdo científico, ao ser produzido, traz consigo certa carga ideológica. Um exemplo evidente é o nome da "Revolução Gloriosa", assim vista pela população britânica que depôs o rei vigente (o monarca e a nobreza que perderam o poder não encaravam os fatos assim). Nesse viés, a proposta do "Escola Sem Partido" ,segundo a qual professores não podem falar sobre assuntos polêmicos, acerca da política e sociedade, visa apenas formar cidadãos alienados, uma vez que o conhecimento científico só encontra utilidade aliado ao cotidiano. Exemplificando com a História, trata-se de compreender os pilares da atual realidade, como o papel da Revolução Industrial no sistema econômico atual. Ademais, deve liderar as discussões sobre a educação a intensa precariedade nacional nesse setor. Apesar de estar entre as dez maiores economias mundiais, o Brasil está além do 50º lugar do PISA, que mede a qualidade do ensino em uma nação. Há falta de infraestrutura e professores (cuja remuneração é desproporcional à atividade), a qual torna o ensino ineficiente no Brasil. Em suma, o foco no Brasil deve ser direcionado ao combate à precariedade educacional, através da colaboração entre a esfera estadual e a federal no aprimoramento da infraestrutura escolar e melhores condições para os professores, tanto nas escolas estaduais quanto federais. Desse modo, haverá, a longo prazo, diminuição da desigualdade social, que atualmente plasma a nação brasileira.