Título da redação:

Além de estudantes

Tema de redação: "Escola Sem Partido" e os rumos da educação no Brasil

Redação enviada em 03/07/2016

O projeto de lei Escola Sem Partido objetiva limitar a atuação do professor em apenas transmitir o conhecimento científico, tornando o ambiente escolar livre de influências partidárias. Entretanto, a ignorância política da população em geral foi uma das principais causas dessa grave crise política em que o Brasil está inserido. Logo, é imprescindível que a escola renuncie de seu principal papel: formar cidadãos. É válido considerar, antes de tudo, que o diálogo entre professor e aluno é muito importante para a formação acadêmica e social deste. O verdadeiro conhecimento não advém apenas dos livros didáticos, pois é preciso interligá-lo aos fatos da sociedade. Por exemplo, o professor pode relacionar as propriedades físico-químicas da água e a má gestão pública desse recurso com a grave crise hídrica que assolou grande parte do Brasil. Dessa forma, além do aspecto científico, o professor ajudou a conscientizar o aluno sem nenhum tipo de influência partidária. Por outro lado, o professor não pode impor qualquer tipo de ideologia particular aos seus alunos. A escola é um ambiente o qual se caracteriza pela imensa diversidade cultural, política e social. Todas as opiniões devem ser argumentadas e respeitadas. Diante disso, é totalmente inaceitável que qualquer professor transforme o ambiente escolar em uma “ ditadura do ensino”, uma vez que esse profissional deve estar aberto a diferentes posicionamentos, inclusive, políticos. Somente assim o verdadeiro conhecimento poderia ser alcançado. Fica claro, portanto, que o diálogo na sala de aula é essencial para converter alunos em cidadãos. Em vista disso, o projeto de lei que visa impedir essa liberdade deve ser revogado. Ademais, a própria escolar poderia se aliar a ONG’s educativas em prol da criação de oficinas de debates dos mais diversos assuntos da sociedade contemporânea. Além disso, a disciplina de atualidades poderia ser inserida às grades escolares. Dessa forma, os professores teriam uma maior licença para estimular o senso crítico dos alunos, formando, acima de tudo, indivíduos autônomos, conscientes e inteligentes.