Nos últimos anos, o crescente apoio estudantil à governos de esquerda foi associado às opiniões que os professores propagam em sala, considerada como doutrinação. Nesse contexto, foi proposto o projeto de Escola Sem Partido que prevê a omissão ideológica dos educadores nas escolas. Além de possuir caráter censurador, essa proposta é prejudicial aos alunos, pois impede que eles possuam contato com diferentes ideologias para formular a sua, de fato doutrinando-os. Segundo o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Porém, o projeto Escola sem Partido se opõem a esse pensamento, porque o princípio do ensino que consiste na troca de conhecimentos e opiniões para acrescentar na formação dos estudantes não será possível, apenas gerando indivíduos sem senso crítico e alienados. Além disso, a falta convívio com divergências ideológicas nas escolas, provavelmente, formará indivíduos intolerantes. Essa proposta não só é incoerente, uma vez que nem todos os educadores são alinhados à partidos de esquerda, como também é um retrocesso pois se assemelha às censuras vividas pelos professores que não podiam expressar opiniões políticas nas escolas na época da Ditadura Militar. Ademais, isso interferirá na qualidade das aulas visto que profissionais com receio de expressar suas ideologias e serem punidos não terão um bom rendimento em sala de aula e, em algumas matérias, omitirão assuntos no qual possam prejudica-los. Dessa forma, percebe-se que essa proposta é desvantajosa para estudantes e educadores. Evidencia-se, portanto, que o Escola sem Partido possui cunho censurador e é desvantajoso para os estudantes. Cabe ao sindicato dos professores fazer uma petição reivindicando legitimidade do projeto para que não seja aprovado no Congresso. Também é necessário que as escolas promovam palestras mediada por professor, para explicitar aos responsáveis as desvantagens desse projeto e como ele pode interferir no futuro dos seus filhos.