A democracia foi um brinquedo conquistado pelos brasileiros, que ainda aprende a como usufruir dele. Uma das peças mais complexas desse brinquedo foi o direito de expressão. Poder falar livremente o que acha que é correto, não tem preço para muitos, e quando sentem que essa peça está ameaçada, ficam indignados e apreensivos. Um estágio muito importante na concepção do que é opinar sobre algo é no período escolar, e um dos pilares desse processo é o Professor. Profissão essa, cada vez mais desvalorizada, possuem diversas áreas de atuação. As que exigem mais reflexão e senso crítico, como Filosofia, Sociologia e História, fomentam debates entre os alunos sobre determinado assunto, passado ou atual. Profissionais dessa área, geralmente fazem parte de partidos políticos, grupos sindicais ou militantes, além de outros que são alheios a isso, mas possuem opiniões consideradas “radicais”. O temor que pontos de vista e ideologias se sobreponha ao ensino, preocupa pais e responsáveis por alunos e algumas autoridades. Em tempos de polarização e crise, onde discussões de cunho político assolam a internet, notícias dominam os meios de comunicação, o ambiente escolar não fica indiferente. É abominável querer restringir alguém de emitir sua opinião, principalmente de um educador. O único individuo capaz de transformar o marasmo que está se tornando uma sala de aula, onde reproduzir aquilo que apenas se vê, é mais importante do que compreender aquilo que se pode perceber. Mas por outro lado, em determinados conteúdos, a imparcialidade na hora de ensinar e posterior opinião são necessárias. Pois não existe apenas um lado, assim como a verdade absoluta.