O conceito de ''escola sem partido'' parte do princípio de que o professor não tem o direito à liberdade de expressão em sala de aula, uma vez que a opinião do mesmo possa ser contraditória aos valores dos alunos adquiridos por seus pais. Dessa forma, esse conceito defende que o ambiente escolar deva ser um lugar onde as opiniões não possam ser expressas abertamente, mas sim um local de informações repassadas e nada além disso, deixando de lado o princípio que a escola, além de um meio para obtenção de conhecimento, tem também como função a promoção da educação, algo que só pode ser feito por meio de diálogos e debates construtivos em sala de aula a fim de chegar a um senso. Sem tirar o mérito dos pais de educar seus filhos, a escola auxilia na preparação de seus alunos para o mundo, formando cidadãos com opiniões e valores morais pré-formados, onde o bom senso deve ser pautado, entrando de uma a forma ou outra a conceitos políticos e religiosos, sempre visando respeitar os direitos humanos. Portanto, a educação da escola não deve ser reprimida, e para isso, os professores precisam do direito de se expressar, desde que deixem claro que suas opiniões são subjetivas e não contém verdade absoluta, dando a liberdade aos alunos a questionarem e argumentarem contra ou a favor, proporcionando também o senso crítico e o respeito à crença e princípios que não necessariamente coincidem com os seus.