Em um poema de João Cabral de Melo Neto, nomeado de "a educação pela pedra", traz a ideia de um objeto impassivo, inanimado , como a pedra, ensinar o homem, de fato, a tal pedra passa a ensinar o homem. De maneira não análoga, ao ser idealizada uma escola "neutra" tira-se a liberdade do professor e o senso crítico do alunado não é desenvolvido, prejudicando assim a sociedade. Recentemente, um assunto que gerou polêmica na sociedade foi o projeto de impedir que o professor discuta sobre questões de gêneros e afins na sala de aula. É notável que essa medida impossibilita que o professor realize a sua função de formador de opinião, estimulador de senso crítico. Quando se fala de uma profissão como educador, se o mesmo não pode dar a sua opinião e estimular a reflexão, é melhor que ele pare de exercer oficialmente a profissão, já que de maneira velada isso já que acontece. Intimamente ligado a isso. outorgar uma escola falsamente ausente de opinião, prejudica o corpo de alunos. A sociedade brasileira é muito diversificada, no entanto, ela tende ao preconceito, justamente por causa da ausência de debates e como consequência canaliza a falta de respeito. Quando não se debate a questão de gênero, por exemplo, toda a sociedade fica perturbada, já que a violência contra os LGBT's é enorme. Dessa forma. não debater questões da sociedade só vai inflamar as mazelas da mesma e desenvolver ações antiéticas. Posto isso, observa-se que o Estado precisa agir em favor da prática da cidadania, que fica impossibilitada com a falta de conversas e debates. Para que a ação seja eficaz, o povo precisa entender e pôr em prática. O Ministério da Educação deve determinar que em todas escolas públicas e particulares haja debates sobre questões de gênero, pelo menos uma vez por semana. O Estado tem que valorizar o professor pagando um salário a altura do serviço prestado ao país, para que o respeito flua da sala de aula para o mundo.