O intuito de doutrinar os alunos de escolas públicas não é exclusivo desta década, vem já a muito tempo, objetivando as vidas dos mesmos. Colocando jovens em seus lugares, sem a força da criticidade lhes guiando, surgiriam adultos que veem o mundo como lhes mostram, principalmente em comerciais de televisão e redes sociais. A educação é entregada nas escolas públicas em uma pequena caixa, que ao ser aberta tem a necessidade de ser transferida diretamente a cabeça dos alunos, sem nenhuma interferência que possa lhes fazer desenvolver pensamento crítico. Um ensino público pobre, torna-se ainda mais pobre quando não há a força de escolha dos professores para qual tipo de conhecimento distribuir para seus alunos. O conhecimento cientifico é extremamente importante. As escolas públicas sendo como são, ainda conseguem transmiti-lo, mesmo quem em pequena escala aos jovens que as frequentam. Porém, este não deve ser o único conhecimento necessário para a formação de um jovem. A presença do conhecimento moral e social nas escolas públicas também deve ser constante. Aulas maçantes e cansativas, onde fórmulas e mais fórmulas matemáticas são depositadas em mentes jovens, são tão comuns quanto alunos que não as decoram. Como já dizia Mandela “A educação é a arma mais forte para causar mudança”, e é neste momento que deve ser introduzida a educação moral, social e política na vida de alunos do ensino público, desenvolvendo o pensamento crítico e formando cidadãos que não serão alienados por propagadas midiáticas nem por redes sociais. Dessa forma, é necessário, para que alunos também recebam conhecimento que será usado fora das salas de aula e de seus trabalhos. A priorização por parte do governo e do ministério da educação (MEC) a assuntos como ciências políticas é necessária. Dar mais espaço para que professores possam realmente dialogar com seus alunos, sobre assuntos como estupro por exemplo, é essencial. Uma mobilização por parte de ONGs também será necessária, realizando palestras nas escolas, informando cada vez mais alunos sobre a realidade que muitos ali não vivenciam. Além, claro, de conteúdo informativo em redes sociais, para que o grande público se torne cada vez mais crítico.