Descoberta de novos medicamentos, aparelhos para diagnósticos cada vez mais precoces, testes genéticos que detectam doenças antes destas se desenvolverem. Com tantos avanços tecnológicos e científicos na área da medicina, o aumento da expectativa de vida, e logo, a inversão da pirâmide etária da população é inerente. Contudo, as discussões acerca do envelhecimento, parecem limitar-se a minimização dos prejuízos causados pelo "ônus" populacional. Enquanto um olhar mais positivista poderia revelar grandes benefícios dessa nova configuração social. Em primeira análise, equivoca-se quem pensa que os idosos anseiam pela saída do mercado de trabalho. Em uma faixa etária, onde um dos maiores desafios é lidar com a solidão, mantê-los ativos não é só uma solução para os problemas da previdência, mas também a manutenção de seu convívio social. Nesse sentido, faz-se necessário às empresas, a criação e a execução de programas de recolocação profissional, com a diminuição da carga horária e a realocação destes, em atividades que exijam menos esforço físico. Contudo, para que isso seja possível, investimentos na prevenção de doenças, decorrentes do processo fisiológico de envelhecimento, são essenciais. Nesse cenário, destaca-se a importância da construção de centros especializados no atendimento da chamada "terceira idade". Onde o governo garantisse o acesso destes a atividades físicas, informações sobre alimentação saudável e exames preventivos. Cumpre ressaltar, que o investimento necessário é mínimo se comparado aos gastos do Sistema Único de Saúde no tratamento de doenças que poderiam ser evitadas. Conclui-se, então, que a melhoria na qualidade de vida desta parte da população, possibilitaria o aproveitamento de toda a experiência profissional e sabedoria adquirida por esta. Refletindo positivamente em toda a sociedade contemporânea. Afinal, não há nada mais moderno que envelhecer.