Há mais de 100 anos, a média de idade do brasileiro era 30 anos. Por isso, o escritor carioca Machado de Assis, descrevia em seus livros um personagem de 50 anos como alguém já no fim da vida. Atualmente muita coisa mudou. A expectativa de vida até 2020 é de 76,1 anos, haja vista a melhoria dos sistemas de saúde e iniciativas do governo. Porém, o número de pessoas idosas aumentou gradativamente, não acompanhando os índices da taxa de mortalidade e fecundidade (número de filhos por mulher), sendo assim um problema socioeconômico que trouxe uma série de desafios. Será que o Brasil está preparado para enfrentar? Referente à expectativa de vida, esta trouxe mudanças principalmente no ramo da saúde, visto que um idoso gasta 6 vezes mais do que gastaria um adulto. São remédios, consultas e muitas vezes atendimentos especiais que demandam gastos a mais. Nesse ínterim, o salário mínimo da aposentadoria nem sempre supre todas essas necessidades, somadas a alimentação e outros afins. Outrossim, pesquisa revela que 11% dos brasileiros têm mais de 60 anos e esse numero triplicará até 2030. Contudo, com esse aumento significativo é necessário mais atenção e disponibilidade á esse público, algo que o Brasil carece, dado que das 156 faculdades de medicina, somente 7 dispõe o curso de geriatria, tão importante quanto o de pediatria. Diante dos argumentos supracitados, podemos perceber que nosso país não está apto a lidar com essa nova realidade, na qual exigirá mais investimentos do governo em prevenção, a fim de evitar custos futuros insustentáveis para o poder público. Em primeiro plano, é necessária maior eficácia das leis do estatuto do idoso; Atrelado a isso, prioridade a este publico no sistema único de saúde (SUS), com o advento de profissionais capacitados, fazendo acompanhamento médico de qualidade com frequência, para que assim a população brasileira envelheça com qualidade.