No limiar do século XXI, a sociedade contemporânea brasileira ainda não tem a plena cognoscibilidade quanto à ética em valorizar os idosos. Seguindo essa perspectiva, mesmo com a ampliação do topo da pirâmide etária do Brasil, crescimento do número deles, os desafios da consciência cultural da população persistem. Com o advento da melhora da engenharia sanitária e médica, sentem-se os efeitos majoritariamente na faixa etária a partir dos 60 anos, isto é, há o constante crescimento da expectativa de vida. Com isso, os idosos trazem consigo maior disposição e melhor capacitação para permanecerem nos setores que atuam, por mais tempo. Em contrapartida, embora esse público seja suportado pela legislação, a fiscalização dessa e a antiquada ideia de que eles apresentam um limite etário em suas atividades configuram-se em problemas. Isso é justificado, respectivamente, quando um idoso não é amparado em tempo e infraestrutura dignos na saúde pública que, no entanto, é assegurado em lei o contrário; e na realidade dos asilos cheios, característica da fluidez humana, em um contexto de “coisificar” esse, na maioria das situações, ao isolá-los da atenção familiar. Por tudo isso, uma vez que a composição brasileira está se modificando, é imperativo a mudança dos investimentos auriverdes. Para isso, são condições “sine qua non” que a saúde e bem-estar sejam garantidos pelo Estado ao, por exemplo, oferecer, nos bairros, atividades cotidianas aos idosos, como alongamento e acompanhamento médico; além disso, as escolas são capazes de inseri-los em suas atividades, como contadores de histórias às crianças e em debates com adolescentes para trocas de experiências. Desse modo, os idosos serão valorizados e possuirão o tratamento que merecem.