Com o avanço da medicina no ultimo século, aliado a um aumento na qualidade de vida, as pessoas passaram a viver mais. Isso representa uma mudança na estrutura populacional de uma nação. Tal fenômeno ocorre nos países desenvolvidos há décadas e já tem se manifestado de forma expressiva também nos países em desenvolvimento. Sendo assim, como enfrentar os desafios do envelhecimento? O aumento da expectativa de vida é um importante indicativo de desenvolvimento para um país, pois é reflexo do crescente acesso da população à água potável, rede de esgoto, serviço de saúde, prevenção de doenças e melhoria na alimentação. Por outro lado, o fenômeno provoca a redução da parcela da população economicamente ativa, capaz de financiar com o seu trabalho o desenvolvimento do país. Nesse sentido, a crescente longevidade, com seus desafios, sobretudo na linha previdenciária, faz com que já se pense em elevar ainda mais a data limite de aposentadoria. Hoje, há uma grande pressão para que seja encaminhada uma reforma que possa equilibrar as contas da previdência antes que o número de contribuintes decline. Para driblar os percalços trazidos pelo envelhecimento da população, os países desenvolvidos têm incentivado a permanência dos idosos no mercado de trabalho mesmo após sua aposentadoria. Essa medida tem contribuído não só com a produção do país, mas também com a autonomia econômica e a satisfação pessoal dos idosos, que deixam de serem vistos como um dependente social. É interessante, portanto, que o Brasil siga o exemplo dos países desenvolvidos, investindo na manutenção da autonomia da terceira idade com programas sociais que valorizem a vitalidade desses cidadãos. É necessário também investir ainda mais em políticas públicas que assegurem a saúde, o desenvolvimento e a empregabilidade a fim de garantir o envelhecimento ativo à população.