A população brasileira já é considerada senil, pois mais de 10% dos brasileiros possuem pelo menos sessenta anos. Esta parcela de idosos crescerá ainda mais nas próximas décadas, assim as políticas públicas devem acompanhar esta transição demográfica, adaptando-se para incluir para manter saudáveis os brasileiros de todas as idades e para que a economia não seja danificada pelo grande número de economicamente inativos. As projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística afirmam que, em 2055, haverá mais idosos que pessoas com menos que trinta anos no Brasil. Um dos dois principais fatores responsáveis pelo aumento expressivo no número de idosos é o avanço da medicina. A medicina moderna permite que homens e mulheres tenham expectativa de vida de, respectivamente, 70 e 78 anos no Brasil. A qualidade de vida dos velhos, porém, é preocupante, uma vez que três quartos deles possuem pelo menos uma doença crônica caracterizada pela falta de cuidados durante a juventude e a idade adulta. O Brasil precisa de maiores investimentos em políticas preventivas para que a população possa usufruir realmente de sua velhice sem patologias restritivas. Os cuidados envolvem principalmente conscientização da população a atividades diárias, mas de significativo impacto em sua qualidade de vida futura, como alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos. Idosos com problemas de saúde crônicos impactam a economia de qualquer país, mas isto se torna mais acentuado quando a maior parte dos membros daquele país faz parte da faixa etária com mais de sessenta anos. Todavia, quando a população senil tem saúde, boa parte dela volta a contribuir economicamente, ou seja, volta ao mercado de trabalho. Isto é cada vez mais comum no Brasil e deve ser estimulado ainda mais, pois o país precisará da mão de obra da terceira idade para evitar o possível colapso econômico causado pelos custos da previdência social da crescente população idosa. Dessa forma os idosos brasileiros poderão se manter ativos devido à melhora em sua saúde e agregar à sociedade seus conhecimentos de vida e profissionais, situação bastante benéfica à população brasileira, pois significa troca de experiências entre as diferentes faixas etárias, e ao Estado, devido ao retorno financeiro que idosos no mercado de trabalho trazem e à economia com caros tratamentos, internações e cirurgias.