Com a Revolução Médico-Sanitária, ocorrida no século XX, houve o desenvolvimento de algumas tecnologias, como as vacinas e os antibióticos, que ajudaram a reduzir a taxa de mortalidade do homem. Apesar de não estarem disponíveis a todos, essas inovações científicas proporcionam um aumento na expectativa de vida que, atrelado à diminuição das taxas de natalidade, provocou um processo de envelhecimento da população. Dependendo das condições sócio-econômicas do país, esse gradual processo ocorre a uma velocidade diferente. Nesse contexto, o Brasil é um país de transição que segundo estudos do IBGE, torná-se-a uma população majoritariamente idosa já em 2030. Com isso, o Estado brasileiro deve se adaptar a essa nova realidade, visto que esse envelhecimento traz algumas empecilhos, como a diminuição da população economicamente ativa (PEA), despesas no sistema de previdência social e na área da saúde, entre outros. Mesmos com esses obstáculos a serem superados, os idosos não devem ser vistos como um peso para a sociedade, dado que eles têm uma grande bagagem cultural e profissional que pode ser utilizada, além, de, claro, terem sidos os que desenvolveram a nação. Por isso, eles não devem ser abandonados em asilos, ou até em alguns casos extremos, mas não raros, na rua, pois isso acaba gerando um grande retrocesso cultural, e, talvez, econômico. Para que essa transição demográfica que o Brasil sofrerá não seja caótica, se faz necessária uma ampliação nos investimentos em uma melhoria nos programas de saúde gratuitos e na providência social. Além disso, também é importante que se tenha uma ampliação do mercado de trabalho e a criação de cursos profissionalizantes para os idosos, para aqueles que desejarem, continuar a se aperfeiçoar e continuar trabalhando, com uma carga horária menor e um salário melhor, para eles aproveitarem satisfatoriamente, cada momento da vida. Assim, ter-se-á uma população idosa saudável e ativa, ao contrário do que ocorre hoje, quando muitos são desvalorizados, até mesmo pela própria família.