No âmbito de uma sociedade que experimenta um acelerado envelhecimento populacional e que encontra dificuldade em solucionar a demanda e necessidade do idoso, perante o Estado e a sociedade civil, empresas vem preenchendo este vazio tornando-se uma forte ferramenta na promoção, inclusão social e resgate da cidadania na terceira idade. A expectativa de vida no Brasil, no século XX, não era vista como uma indagação expressiva, pois era de trinta e três anos, de maneira que formava uma pequena parcela populacional, sendo vista como uma questão doméstica referente ao mundo privado. Não obstante, com o passar dos anos, houve um aumento na vida cronológica dessa parcela, modificando a pirâmide etária. Junto vieram as raízes culturais seculares e uma herança negativa de que envelhecer é sinônimo de degradação física e psicológica, se tornando um verdadeiro entrave para as famílias e sociedade. Em decorrência do novo cenário a busca por um sistema que atendesse a necessidade desse publico se tornou escasso. Espaços como o da saúde, lazer, aposentadoria e leis que garantissem maior dignidade, se transformou em um problema na esfera pública. Empresas no qual acolhia quando jovem, descartava tal mão de obra quando envelhecida, e a escassez se tornou generalizada. O maior engajamento estava na busca de profissionais considerados como ativos. Contudo, o lado da oferta e a necessidade de suprir as necessidades dessa população, vem mudando o pensamento da sociedade diante a temática. Diretrizes políticas estão se voltando a esse público, as taxas estão elevando cada vez mais a expectativa de vida, e empresas estão abrindo portas ao que antes se dizia instável, promovendo e resgatando assim a dignidade e cidadania da terceira idade através do trabalho.