Embora seja algo intrínseco a raça humana, envelhecer não é simples. Limitações, adaptações da família e da sociedade, são desafios que precisam ser superados com o objetivo de moldar a situação de forma coerente. Nos últimos anos a comunidade potencialmente ativa está diminuindo em uma proporção considerável, devido à expansão no número de idosos que, de acordo com pesquisas, tem ocorrido graças ao aumento da expectativa de vida, os avanços na medicina e principalmente a redução da taxa de natalidade. Em consequência disso o Brasil se tornará em 2030, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um país de idosos, merecendo atenção do sistema previdenciário que pode passar por várias crises, em virtude de não se ter mais como manter a grande quantidade de idosos na previdência. Alguns argumentam que os mais velhos brasileiros são supervalorizados, pois, o país é elogiado mundialmente por seu Estatuto do Idoso, que assegura renda, saúde, emprego, educação e lazer para a comunidade senil. Isso sem contar que o Brasil apresenta um desempenho superior ao seu nível de desenvolvimento econômico, propiciando o envelhecimento devido à nova cultura que está sendo criada, ditando um mito popular sobre o mesmo, igualando-o a uma doença, a decadência biológica que acontece no ciclo da vida, sendo uma incoerência. Outros, porém, ressaltam que o país possui a pior atuação no quesito emprego para os senis, desvalorizados desta forma. Além disso, o velho como um ser descartável é uma das crenças mais vigente na nossa sociedade. Eles ficam fora do mercado de trabalho, vivendo dependentes de outros, sendo um peso mórbido e inútil, enquanto poderiam ser incentivados a ultrapassar barreiras, antes intransponíveis, em prol de seu próprio conforto, estabelecendo a velhice como um tempo produtivo. Por todos esses aspectos, afirmamos a real necessidade de conciliação entre os dois lados da moeda, acabando com o estereótipo anacrônico, mediando ações entre os jovens, os adultos e a melhor idade. Em segundo lugar, é importante estabelecer à corresponsabilidade do idoso na qualidade de seu envelhecimento e a responsabilidade do estado e de todas as outras faixas etárias na manutenção da Previdência Social, promovendo o equilíbrio nesta política. Por fim, a visão da velhice como problema precisa ser dissuadida, permitido a contribuição específica dos idosos, que será um bem para eles e para toda sociedade.