Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 03/10/2017

A questão dos gêneros por muito tempo foi caracterizada com requisitos biológicos e físicos. No entanto as definições não se restringem somente a isso, pois partem de condições psicológicas, que são responsáveis por diversas percepções pessoais. No entanto o persistente problema que envolve a diversidade de gênero é resultado tanto de uma construção social preconceituosa, quanto da falta de abordagem educativa que contextualize as diferenças e a igualdade de direitos. Indubitavelmente, as delimitações e estereótipos de ‘’masculinidade’’ e ‘’feminilidade’’ levam a falta de compreensão sobre os demais gêneros (transexuais ou transgêneros). Logo, a discriminação com este público afeta principalmente quem está no mercado de trabalho. Segundo uma pesquisa da empresa de Recrutamento e Seleção Enlacers 20% das empresas que atuam no Brasil se recusam a contratar tanto gays quanto transexuais ou transgêneros para cargos de visibilidade. Este dado fere o artigo terceiro da Constituição federal, no qual afirma que um dos principais objetivos está a promoção do bem estar sem preconceitos de origem, sexo, raça , cor ou qualquer outras formas de descriminação. Nesse sentido a filósofa estadunidense Judith Butler publicou o livro ‘’ Problemas de Gênero’’, onde diz acreditar que é preciso tratar os papéis homem-mulher ou feminino-masculino não como categorias fixas, mas constantemente mutáveis. Em contraste com isso, de acordo com dados da Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil em 2016, 73% dos alunos ‘’trans’’ já foram vitimas de agressões verbais e 36% foram agredidos fisicamente. Logo, o sistema educacional precisa aprimorar o conhecimento e ‘’quebrar’’ paradigmas que reproduzem preconceito. Portanto, o processo que deve ser iniciado começa com mudança de valores sociais que se mostrem conservadores, como os padrões culturais ‘’heterosssexuais’’. As Instituições Educacionais em parceria com o Estado, podem trabalhar para que isso aconteça por meio de uma retórica que seja pensada a partir da própria diversidade, repleta de particularidades e classificações que devem acompanhar fatos, cotidianos, escalas econômicas, aspectos socioculturais e a vivência de alunos e alunas das redes públicas e privadas, além de procurar impedir qualquer manifestação preconceituosa por meio da lei. Com o intuito de combater intolerância e capacitar a formação do individuo para que finalmente, seja eminentemente humano.