“...a educação é compreendida como processo de formar cidadãos que respeitem às várias dimensões humanas e sociais sem preconceitos e discriminações”, disse a Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, setores conservadores da sociedade brasileira veem a atuação da escola, precipitadamente, de maneira ofensiva as suas escolhas pessoais. Além do mais, as diversas características humanas citadas pela ONU não são representadas no Congresso, onde o debate relativo às questões de gênero deveria ser longo e baseado em estudos objetivos. Como supracitado, uma parcela das famílias brasileiras acredita ter o seu direito de escolher uma educação religiosa e moral para os seus filhos violado por tentativas escolares de conceder as informações à respeito dos gêneros e da sexualidade de acordo com distintas perspectivas. Mas, este é justamente o papel primordial das escolas: informar os futuros cidadãos a fim de que estes possam praticar ações importantes ao seu benefício e para um convívio respeitoso em sociedade. Diante disso, leis – como a recentemente aprovada na Câmara dos Deputados alagoana – segundo a qual proibi as escolas de “veicularem conteúdos que possam induzir os alunos a um único pensamento religioso, político ou ideológico”, além de fomentar as crenças anteriormente citadas, são ambíguas e baseadas nos princípios de um grupo homogêneo e conservador do Congresso – liderados pela “bancada evangélica”. A ação de tais congressistas limita a capacidade intelectual dos jovens ao, na prática, incentivar a ignorância perante à diversidade de pensamentos. Portanto, é preciso que todo o povo seja esclarecido, por meio de campanhas publicitárias, promovidas por Organizações Não-Governamentais, por exemplo, sobre a importância de eleger candidatos com diferentes propostas e formações profissionais; com a finalidade de tornar o debate mais rico e com a representação de diversos grupos sociais. Ademais, pode ser eficaz a promoção, por parte das escolas, de palestras trimestrais abertas à comunidade próxima, a fim de esclarecer as famílias sobre assuntos como sexualidade e gênero e também discutir a importância da instrução escolar na formação de uma sociedade plural e pacífica.