Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 12/05/2017

Desde a década de 1960, movimentos sociais a favor da diversidade sexual e de gênero aumentaram significativamente. No entanto, é comum ouvir pessoas contra o ensino disso nas escolas, mesmo com frequentes notícias de Defensorias Públicas que recebem denúncias de discriminação com crianças e jovens pertencentes à comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT). Assim, a necessidade desse ensino recai na desconstrução de discursos e estereótipos e na mudança do pensamento de que isso é uma doutrinação. A maioria das crianças cresce com padrões heteronormativos, muitas vezes condizentes com seus futuros. Todavia, os que diferem desse modelo tendem a exagerar na autocrítica, podendo gerar inúmeros problemas psicológicos e, principalmente se há pressão ou discriminação na escola, tentativas frustradas de adequação. Entretanto, desconstruir a ideia de São Tomás de Aquino de que o orgulho é um pecado, ensinando e discutindo gênero e sexualidade nas escolas pode ajudar com a aceitação e aumentar a autoestima, a medida que também mostra aos outros que é ignorância discriminar alguém por isso. Segundo Heráclito, a única permanência e a mudança, porém apresentar uma mentalidade que mudou não é impor um pensamento e fazer dele o correto, é mostrar que existem várias formas de viver e pensar, mas que o respeito sempre deve estar presente. É difícil, principalmente para a geração mais antiga, aceitar que a sociedade muda e que ser apresentado a essa mudança desde criança não é doutrinação, e sim um processo de transformação que evita a necessidade da posterior desconstrução de discursos e conceitos já não condizentes com a contemporaneidade. Entende-se, portanto, que é necessária uma modificação imediata para acompanhar o mundo. A princípio, o Ministério da Educação (MEC) deve implantar, tanto em escolas públicas quanto privadas, para crianças pequenas, uma política de escolha, por exemplo, mostrar que brincar de boneca é normal para todos os gêneros, desconstruindo estereótipos. Além disso, o próprio MEC, em parceria com ONGs, pode introduzir aulas regulares e explicatórias sobre identidade de gênero e sexualidade, para crianças maiores que já entendem do assunto, com professores qualificados, conferindo conhecimento e não visões preconceituosas. Assim, a sociedade se tornará mais equitativa e respeitosa.