Na Grécia Antiga, as relações homossexuais eram, em alguns casos, consideradas comuns, saudáveis e até mesmo um ensinamento a prática do amor em todas as esferas sociais. No Brasil, entretanto, a relação histórico-cultural do patriarcalismo ajudou a construir um Estado machista e homofóbico, assim como, hodiernamente, ainda contribui para a manutenção dessas características, o que acarreta em relações sociais e humanas opressoras em relação à diversidade de gênero. Dessa forma, convém analisar que a educação brasileira é baseada em instrumentos de controle e ordenação da sexualidade, como a religião. Todavia a socióloga Adrienne Rich desafiou esses conceitos patriarcalistas a respeito da orientação sexual ao afirmar que: "a heterossexualidade deve ser reconhecida como uma instituição e um sistema de poder". Logo, ensinar aos jovens sobre o diversidade sexual constrói uma futura sociedade crítica que questiona a forma como o Governo, a população e a mídia conduzem a vida íntima dos indivíduos. Ademais, segundo os dados da Secretaria dos Direitos Humanos, em 2012, foram quase dez mil denúncias de violação de direitos humanos a população LGBT, no Brasil. Isso representa a necessidade de educar jovens a respeito da diversidade sexual nas escolas, sendo assim possível uma diminuição do ódio e da discriminação em relação as orientações não heterossexuais, além de reconhecê-las e garantir o reconhecimento dessas. Destarte, com vista a legitimar e evoluir socialmente no tratamento dado a diversidade sexual, é preciso, portanto, que o Governo Federal, em parceria ao Ministério da Educação, crie medidas para instituir nas escolas o direito à educação sobre as diversas orientações sexuais, como uma característica inerente à todas as populações, com o fito de construir uma sociedade mais igualitária. Outrossim, baseado no contexto cultural-histórico do ensino religioso, as igrejas podem ensinar acerca da empatia e do respeito ao próximo, a fim de formar uma geração de jovens compreensiva sobre as diferenças existentes na sociedade. A mídia jornalísticas, por sua vez, pode apresentar frequentemente dados e notícias sobre as conquistas dos gays e transsexuais em relação ao reconhecimento desses como indivíduos plenos de direitos, com o objetivo que incentivar a população a respeitá-los.