Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 11/02/2017

Na série Sense8, produzida pela empresa Netflix, um ator mexicano é agredido verbalmente, perde seu emprego e tem seus bens confiscados ao ser postada na internet uma foto íntima com seu parceiro, revelando sua homossexualidade e a homofobia do público que o adorava antes do acontecido. Longe das telas, o preconceito contra gênero e diversidade sexual é um problema cultural no Brasil que ainda não pode ser solucionado por meio da educação. Observa-se que os casos de discriminação sexual crescem todo ano. De acordo com o Grupo Gay da Bahia, a cada 27 horas um indivíduo LGBT é assassinado no Brasil, sendo 80% dentro da própria residência. Além disso, 60% dos professores afirmam não ter conhecimento suficiente para lidar com o tema em sala de aula ou apenas se recusam em decorrência de suas crenças, segundo pesquisa de 2014 da UNESCO. Outrossim, alguns problemas impedem a resolução do impasse. Um exemplo disso é o próprio preconceito arraigado na sociedade que impede a discussão nas escolas devido à visão errônea da identidade sexual como escolha e, desta forma, influenciável. Ademais, apesar de as pesquisas mais recentes apontarem questões genéticas para a orientação sexual, ainda que esta fosse uma decisão, deveria ser respeitada como qualquer outra. Portanto, a educação trata-se da melhor maneira para resolver a discriminação quanto ao gênero e opção sexual no Brasil pois é a base do ser humano, mas a população ainda não está preparada para tal medida. Para tanto, torna-se necessária a criação de campanhas de sensibilização pelo Ministério dos Direitos Humanos com o objetivo de alertar a sociedade sobre os problemas da intolerância e ódio contra LGBT’s e suas consequências, incentivando o apoio e as denúncias. Também, o mesmo órgão pode estabelecer punições financeiras para o setor midiático quando este explorar a sexualidade de forma vexatória e estereotipada, perpetuando preconceitos, e bonificações fiscais para programações que busquem reduzí-los.