Segundo Simone de Beauvoir, ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Tal afirmativa traz uma reflexão sobre a questão do gênero. Quando ela diz que ninguém nasce mulher, está dizendo que o fator biológico não te define como mulher ou homem. Sua obra “O Segundo Sexo” continua chocando muitas pessoas uma vez que gênero não é algo debatido e persiste em ser um grande tabu para a sociedade contemporânea tornando se necessário o ensino sobre gênero nas escolas. Antes de tudo, deve-se pensar nas crianças: como vão reagir a tais informações e qual seria a idade certa para falar sobre o assunto. De acordo com o site cartaeducacao, ensinar essa ideologia para crianças de 0 a 10 anos seria uma afronta dos atuais administradores, entretanto a mídia divulgou, recentemente, o caso de um menino britânico chamado Romeo de cinco anos que foi expulso da escola por estar usando um vestido e uma tiara de princesa. Isso nos leva a pensar que nem as escolas, nem os educadores estão preparados para tratar sobre diversidade sexual. Além disso, no Rio de Janeiro, um menino foi proibido de assistir às aulas por estar usando saia, diante disso, vários alunos do colégio se reuniram e foram todos para à escola de saia, tal ocorrido foi publicado na revista Nova Escola. Diante desse problema, a professora Constantina Xavier, da UFMS, diz que é preciso tal assunto se tornar uma matéria curricular. Mas se a própria instituição escolar não é capaz de aceitar esses alunos, como poderá orienta-los. Embora a sociedade venha se alterando e surgindo assim novos conceitos de família e gênero, ainda podemos ver nas ruas várias formas de preconceito contra esse novo grupo que se denominam LGBT. Apesar de seus movimentos sociais ter ganhado força e espaço, ainda há muito que reivindicar uma vez que não há uma legislação específica para defender essas pessoas que são agredidas e humilhadas todos os dias. Portanto, é essencial que haja nos cursos pedagógicos tenham matérias sobre diversidade sexual e gênero para que os futuros professores saibam lidar com esses alunos e também orientar todos os demais a fim de que o preconceito acabe dentro e fora das escolas. Além disso, o poder Legislativo deve atuar na criação de leis que defendam a integridade física e moral das pessoas participantes do grupo LGBT.