Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 19/11/2016

As diversidades sexual e de gênero sempre existiram, mas nunca se teve a oportunidade de discuti-las por ser considerado algo ultrajante e polêmico para a sociedade da época. Contudo, nos dias de hoje, seu ensino nas escolas se tornou uma pauta bastante comentada. Dessa forma, o Brasil, ao contrário das tendências internacionais e orientações da UNESCO, insiste em problematizar e negar seu ensino nas escolas, o que só contribui para a manutenção de preconceitos, estereótipos e violência. Vale ressaltar, primeiramente, as causas pelas quais o ensino sobre gênero e diversidade sexual é tão difícil de ser implementado nas escolas brasileiras. Nesse sentido, pode-se afirmar que a sociedade atual é conservadora e patriarcal e, baseada em conceitos errôneos perpetuados pela ignorância, teme que a discussão de tais temas venham a ferir o direito da família em educar seus filhos. Esse fato, aliado à presença de uma bancada evangélica no Congresso, impede que assuntos como esse possam ser debatidos nas escolas. Todavia, é preciso incentivar o pensamento crítico das crianças para que a sociedade se torne mais tolerante. Deve-se levar em consideração, então, que a diversidade sexual e de gênero é uma realidade, e é importante que, desde pequenos, os jovens estejam familiarizados com ela para que não a tratem como algo anormal. Nesse contexto, a educação, como um processo de formação de cidadãos, é capaz de instituir o respeito as várias dimensões humanas e sociais. Desse modo, como dizia o filósofo alemão, Imannuel Kant, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele", e somente instituindo o ensino desses tópicos nas escolas, o futuro poderá ser livre de preconceitos e discriminação. Pode-se garantir, portanto, que o ensino de diversidade sexual e de gênero nas escolas contribuirá positivamente para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária. Logo, não se trata de doutrinação ou imposição de uma determinada opinião, e sim a criação de crianças e jovens educados e conscientes. Assim sendo, problemas como a violência contra mulher e membros da comunidade LGBT se tornariam obsoletos e caminharíamos para a construção de um país mais inclusivo. Resta saber se o governo, a sociedade e a escola são capazes de se unir para esse fim.