Título da redação:

Preconceito: Fruto da Ignorância

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 09/09/2017

Preconceito: Fruto da Ignorância Com a assimilação do valor estritamente procriador do sexo, fortemente disseminado pela cultura Judaica, assim como, pelo Cristianismo. Trouxe consigo a ideia de que o relacionamento afetivo entre iguais seria uma abominação. No Brasil, apesar de recentes avanços de direitos relativos à identidade de gênero, ainda é notável os reflexos dessa ideologia arcaica na sociedade. Não há dúvidas de que, o discurso de ódio e intolerância frente às diversidades humanas, ainda é um entrave à efetivação do direito de liberdade de muitos brasileiros. Segundo Stuart HALL, “a identidade nos confere a noção de pertencimento”, ou seja, não é algo que as pessoas ditam. Se ela é válida, ou não, cabe ao sujeito definir se esse aspecto é importante para sua vida. No entanto, essa ideia de liberdade é constantemente desrespeitada quando nos deparamos com o preconceito, a intolerância e em casos extremos até a morte de pessoas que assumem uma identidade oposta à considerada “normal” pela maioria. Segundo pesquisas realizadas pelo MEC em escolas brasileiras, com o tema preconceito 38, 2% acontece com relação ao gênero. O que configura um grande problema, pois é na escola que a maioria dos cidadãos serão preparados para o futuro. Ademais, pesquisas qualitativas sinalizam um alto índice de evasão escolar de pessoas LGBTs, quase sempre associadas ao ódio e à violência sofridos dentro do ambiente escolar. Por conseguinte, muitos desses cidadãos acabam marginalizados, uma vez que não há muitas políticas públicas que os ampare. Portanto, evidencia-se a premência de maior visibilidade dessa problemática pelo Estado, assim como pela sociedade. É indubitável, que a educação é a melhor arma de conscientização do país sobre o direito de liberdade de expressão. Como disse Kant, “ o ser humano é o que a educação faz dele”. É de extrema importância que o Ministério da Educação, crie mecanismos que aprimorem a didática dos docentes ao combate do preconceito inerentes às diferenças de identidade nas escolas. Além disso, é imprescindível que o Governo invista em programas midiáticos, como “Hora do Brasil” para maior divulgação dessa causa às famílias brasileiras, com intuito de conscientização a todas as faixas etárias. Outrossim, faz-se necessário que os governantes criem uma emenda a tornar atos intolerantes relacionados à identidade, passíveis de penas mais severas, visto que, muitos agem como não se fosse crime. Além disso, é fundamental mais políticas assistencialistas de cunho inclusivo para esse público, como as iniciativas público-privadas com empresas, a fim de dar maiores oportunidades de emprego, como também a assistência psicológica promovendo assim uma política mais justa e igualitária.