Título da redação:

"O homem não é nada além do que a educação faz dele"

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 06/03/2017

É bastante comum no último ano do Ensino Médio, na disciplina de Sociologia, discutir, embora brevemente, sobre questões de gênero e diversidade sexual em nossa sociedade brasileira. Embora essas questões possuam, infelizmente, lados opostos bastante conflitantes, deve ficar claro que não se pode esconder algo que está em nosso cotidiano. Este tipo de discussão não poderia ser tratado no último ano do período escolar, ele deveria vir desde o maternal, quando nós, seres humanos, estamos criando a nossa percepção do mundo, que é quando mais queremos entender e ajudar o próximo. Com isso, medidas precisam ser tomadas para que essa necessidade, não exista mais. Ao se fazer análise, das causas de haver necessidade em tratar esse tema, são vistos diversos panoramas que se pode avaliar. Desse modo, alguns deles é que a sociedade brasileira ainda é bastante patriarcal, o machismo, que predetermina a objetificação das mulheres, trata a comunidade LGBT sem o devido respeito que merece qualquer ser humano, com isso, muitos pais que estão inseridos nessa sociedade preconceituosa, leva à escola as intenções de que seus filhos não podem entrar em contato com o livre pensamento e estado de ser. Deve-se levar em conta também, que nossa sociedade é extremamente religiosa e impões os seus critérios a frente dos direitos humanos e se esquecem que devem amar o próximo como a si mesmo. Em consequência dos fatos acima, se torna cada vez mais frequentes nas escolas, a prática do bullying, pois uma criança não respeita a escolha do colega e quer impor o seu pensamento sobre ele, as vezes com violência verbal, física ou até com a segregação do outro no ambiente escolar. Em virtude disso, aumenta o número de casos de transtornos psicológicos nos menores, pois eles pensam que estão errados em não seguir o "padrão". Nesse sentido, ao longo prazo, os novos pais do futuro, serão cada vez mais preconceituosos e indiferentes com o próximo, tornando-se um ciclo vicioso. Para concluir, é visto que medidas precisam ser tomadas, o Ministério da Educação poderia com a nova reforma da educação, implantar nas escolas aulas de Educação Social, para incentivar o respeito às diversidades e criar seminários e cursos para qualificar professores para saberem tratar sobre esse tema com as crianças e os jovens. Ele poderia também, em parcerias com as ONG's, criar rodas de conversa com os pais nas escolas para apresentarem os benefícios desses programas e desmentir mitos. A mídia, poderia fazer divulgação na TV aberta - por ser mais acessível ao público - de documentários sobre a atual realidade e os benefícios do ensino, se implementado. E cabe aos indivíduos e às famílias entender que não é preciso aceitar a escolha do próximo ou a diversidade, mas respeita-la, e que ser diferente é normal, pois a biologia não é fator determinante de uma boa vivência e convivência em uma sociedade, mas sim ter livre escolha de ser quem é e o respeito das do outro.