Título da redação:

Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 25/11/2016

A discussão a respeito da inclusão do ensino sobre gênero e diversidade sexual nos currículos escolares ganhou força com a previsão desses temas entre as metas do Plano Nacional de Educação e dos planos estaduais e municipais. Embora os mais conservadores se oponham à ideia, alegando que a abordagem desses assuntos, em sala de aula, é inconveniente e desnecessária, a realidade da sociedade brasileira mostra exatamente o oposto. Tais conteúdos precisam ser tratados nas escolas para formação de uma sociedade futura livre de alguns dos problemas sociais que maculam o Brasil na atualidade. O machismo e o preconceito relacionado ao gênero, ainda bastante presentes na sociedade brasileira, são exemplos disso. As mulheres e a população de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) são vítimas dessa mentalidade ultrapassada, que se materializa através da violência e das desigualdades praticadas contra esses grupos sociais. Deve-se destacar ainda que mesmo existindo leis que coíbam tais práticas, elas continuam ocorrendo, o que reforça a ideia de que a mudança desejada só será alcançada por meio da educação. Além disso, inúmeros dos tratados internacionais dos quais o Brasil faz parte são a favor do ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas, por entenderem que assim será praticada uma educação mais inclusiva e serão formados cidadãos sem tantos preconceitos e discriminações. Isso certamente contribuirá para a diminuição das desigualdades e da violência relacionadas às diferenças de gênero, tão evidentes na sociedade brasileira nos dias de hoje. Sendo assim, é possível concluir que a inclusão do ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas brasileiras é uma necessidade para a superação de graves problemas sociais. Com esse fim, o poder público não pode ser intimidado por porções mais conservadoras da sociedade, e os governantes devem lutar pela obrigatoriedade da discussão dessa temática nas salas de aula e, concomitantemente, promover campanhas, coordenadas pelo Ministério da Educação, para que a população apoie a causa e possa compreender a importância dessa medida para a construção de uma sociedade mais inclusiva e equitativa.