Em um mundo justo, onde todas as pessoas possuem os mesmos direitos e deveres, movimentos sociais como o feminismo ou Parada LGBT não seriam necessários, e termos como ser hétero, homo, ou bissexual não existiriam. Mas, essa é uma realidade longe de ser concretizada - a desigualdade de gêneros e casos de homofobia tem sido mais e mais constantes no Brasil. Alguém fora do “padrão” imposto pela sociedade, como os homossexuais, frequentemente são ofendidos verbalmente ou até mesmo agredidos. Só em 2016, no Rio de Janeiro, 343 pessoas LGBT foram mortas, significando que, a cada 25 horas, mais uma pessoa é vítima da homofobia e, por essa razão, muitas optam por “não saírem do armário”, com medo de que, ao revelarem sua verdadeira face, serão taxadas como aberrações. Somando a isso, a desigualdade entre gêneros tem sido alarmante. De acordo com uma pesquisa salarial da Catho, mulheres ganham menos do que os homens em todos os cargos na área de trabalho, podendo chegar à uma diferença de até 58% e, segundo o relatório Global da Defasagem de Gênero 2016, no atual ritmo, a igualdade econômica entre os sexos só se instabilizará em 2186. Porém, grande parte desses problemas tem sua origem encontrada na formação dos indivíduos que constituem a sociedade: nenhuma pessoa nasce machista ou homofóbico, e sim, ela se torna um. Tudo aquilo considerado “errado” como, uma mulher ser o “ganha-pão” da casa ou ter relações com alguém do mesmo sexo se deve por ela ter sido educada deste modo, geralmente pelos pais, estes que, na época, coisas assim não eram tão constantes. Sendo assim, as escolas devem ensinar à aos alunos que o mundo vem se tornando um lugar cada vez mais diversificado e que também, para que elas possam um lugar para se identificar. Se até filmes como o recém lançado “Mulher Maravilha” demonstra como uma mulher é tão capaz quanto um homem, é óbvio que as escolas também possam desenvolver o caráter de alguém, principalmente durante a infância, o período onde todos não existe juízes de divergências.