Título da redação:

Combate à coercisão social e discriminação

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 22/11/2016

Desde a formação da nação brasileira, as diversas ideologias de gênero estão inseridas em uma sociedade patriarcal e machista, impedindo a liberdade de expressão e autonomia. De forma semelhante, também acontece com as mulheres. Assim, para reduzir a opressão visível sobre esses grupos, historicamente desfavorecidos, é importante o ensino de gênero e diversidade sexual à sociedade. Conforme o sociólogo Émile Durkheim, o fator social é coercitivo, exterior à consciência individual e geral. Logo, a forma de pensar e agir da sociedade é construída de forma coletiva e ,por meio dele, os grupos sociais são intimidados a agirem de acordo com um determinado padrão social. É desse modo que o preconceito é passado de geração em geração, resquícios do conservadorismo brasileiro. Nesse mesmo sentido, os grupos LGBT não usufruem de forma integral de seus direitos. Em uma sociedade com grande influência cristã, muitas agressões físicas e psicológicas são justificadas baseadas nas tradições religiosas. É o caso do político Levy Fidélix e o seu discurso homofóbico. Ademais, a dificuldade da aprovação de ações afirmativas para esse grupo também é consequência da censura à diversidade sexual. Logo, educar a sociedade é a melhor forma para combater o preconceito e promover a tolerância. Além disso, as mulheres, em comparação aos homens, são as principais vítimas de violência doméstica e exploração sexual, segundo a Associação para o Planejamento familiar. Também sofrem mais com o desemprego e recebem salários reduzidos. Isso reforça a necessidade da desconstrução do machismo, herança social prejudicial às conquistas civilizatórias brasileiras e à plena cidadania. Dessa forma, é preciso reafirmar os direitos femininos, assegurados pela Constituição Cidadã de 1988, visando à igualdade. Fica evidente, portanto, que para assegurar a igualdade de gênero, é necessário que o estudo da pluralidade sexual seja obrigatoriedade nas aulas de Filosofia e Sociologia. Também, a agilidade do Poder Executivo e Judiciário em punir adequadamente casos de violência e discriminação, na tentativa de coibi-los. Além do mais, as mídias devem expor a causa nos jornais, televisores e redes sociais, de forma a dar visibilidade ao debate. Por tudo isso, o machismo social brasileiro será desconstruído, a longo prazo, pois, de acordo com a escritora Helen Keller, “o resultado mais sublime da educação é a tolerância”.