Desde os primórdios das sociedades até a contemporaneidade, o ser humano se limitou a padrões de gênero e uma divisão de papéis, sendo esses dados de forma patriarcal. O homem como provedor e chefe da família e a mulher como responsável dos afazeres domésticos, quase que de forma hierárquica. A biologia define o sexo do individuo através de sua genitália, hormônios ou a forma como seu organismo funciona, mas não como a mente funciona. Eis a problemática, possuir uma genitália masculina não significa necessariamente que esse mesmo se encaixa com os padrões sociais impostos culturalmente para homens, e vice versa. Durkheim afirmava que coerção social era a aceitação da realidade, devido à força coercitiva que a sociedade tem sobre os indivíduos, desta forma, é possível afirmar que os papeis designados aos gêneros binários feminino e masculino são um exemplo disso. Não se encaixar nessa bolha pode causar diversos problemas psicológicos e exclusão social. Segundo Immanuel Kant, o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Vendo a questão de gênero sob essa ótica, é necessário que o governo assuma a pauta e dê visibilidade a ela, a aceitação e respeito como princípio, a melhor forma de fazer isso é através das escolas. A mídia, como forte influenciadora social e cultural, também deve trazer a discussão. Vale ainda citar o papel dos pais em conscientizar as crianças desde cedo.