Título da redação:

Baile de máscaras

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 21/12/2016

Sexualidade. Gênero. Auto-reconhecimento. Esses conceitos, embora apresentem significados distintos, estão intrinsecamente ligados e presentes no cotidiano. Mas, por que falar sobre eles é um tabu, principalmente no ambiente escolar? Para desmistificar essa questão é necessário entender a visão daqueles contra e a favor ao ensino da diversidade sexual nas escolas. Sabe-se que os opositores a esse projeto argumentam que esse seria um meio de orientar as crianças a pensamentos torpes, incoerentes com a biologia humana; tornando às mais propensas a tornarem-se homo ou transexuais. Com isso a família tradicional brasileira iria aos poucos se desmantelar. E desse modo a sociedade perderia os valores, além dos pilares que a mantém em harmonia com o correto e o justo. Em contrapartida, aqueles a favor da proposta se baseiam em pesquisas internacionais que afirmam: a sexualidade de cada individuo está relacionada, se não for decorrente, da quantidade de determinados hormônios presentes no período gestacional do mesmo. Negando assim o proposta de que cada um escolhe a sua sexualidade. Além da negação da família idealizada, composta por pai, mãe e filho; visto que, de acordo com o site "G1.com" 37,3% das famílias são chefiadas por mulheres - quebrando assim o ideal de família modelo propaganda de margarina. Além disso, é inegável dizer que o modo de pensar não é o mesmo, se comparado com trinta anos atrás. E isso é o que define uma sociedade líquida, como proposto por Zygmunt Bauman, no qual maneiras antigas de pensar não funcionam adequadamente e para encontrar melhores é preciso experimentar, testar novas maneiras. Mesmo que não agrade a todos. Fica claro, portanto, que a comunidade muda e por isso é necessário que as crianças e os jovens vejam-se representados e respeitem as escolhas e a sexualidade do próximo. Por isso, é necessário que as escolas como centros formadores de opinião promovam palestras e feiras com indivíduos de diferentes gêneros para tirar dúvidas dos estudantes. Sem contar que a televisão, como meio difusos de informação, pode colocar mais atores de diferentes sexualidades, para assim promover, aos poucos, a aceitação e o respeito estre os adultos. Pois assim, será possível, compreender que é necessário respeitar cada cidadão e assim permitir que os mesmos possam ser aceitos; sem a necessidade de se esconderem, com medo de serem descriminados.