O século XXI, além da multiplicação da tecnologia e possibilidades técnicas para o homem, trouxe à luz uma grande diversificação do comportamento sexual: homossexualidade, transexualidade, pansexualidade. Assim, o debate sobre e o conhecimento das variadas orientações é essencial para o cidadão do futuro, de modo que a temática pode e deve ser abordada na educação básica, a fim de evitar a proliferação de rótulos e preconceitos. O maior troféu da sociedade ocidental é sua dita ‘civilidade’, baseada no respeito aos direitos humanos. Ela é fundamental para a manutenção de nossas sociedades. Assim, é preciso respeitas os direitos em sua totalidade. Não basta defender o direito à vida e à liberdade de expressão, mas também o direito à escolha de orientação sexual. Desse modo, surge o questionamento: Por que se limitar ao ensino do respeito à dignidade e ignorar a necessidade de ensinar o respeito à diversidade sexual? O Ocidente passa, desde o fim da Idade Média, por um processo de ‘liberalização da moral’. O uso de preservativos, por exemplo, antes condenados fortemente pelo Vaticano, é hoje recomendado, vistos os benefícios a ele relacionados. Nessa ‘flexibilização dos valores, existem cada vez mais liberdades individuais. Assim, evitar o diálogo sobre a questão é fechar os olhos para o futuro e também despreparar o indivíduo para ele, favorecendo a ocorrência de conflitos na idade adulta. É possível concluir, portanto, que é dever dos educadores promover o contato dos estudantes com as variedades de gênero e orientação sexual, se aqueles visam à formação adequada desses. A abordagem é melhor feita por meio da inclusão da pauta no Plano Nacional da Educação pelo Ministério da Educação, de modo a atingir todas as escolas do país. Por esse caminho, o Brasil do futuro será caracterizado pelo respeito à igualdade e, efetivamente, aos direitos humanos.