O canal televisivo infantil cartoon Network tornou-se a pioneira nos assuntos referentes às diversidades de gênero no espaço dos desenhos animados. Concordando com a ideia de que os desenhos infantis, assim como os contos de fadas, são importantes para o desenvolvimento infantil, a ausência dessa discussão pode gerar conflitos de gêneros. Na animação infantil “as meninas superpoderosas”, temos a “Docinho”, uma das protagonistas da série, que possui características ditas masculinas e, o personagem “Ele”, um demônio afeminado. É notório que estes personagens são introduzidos na série para apresentar às crianças a sociedade, quebrando estereótipos de gêneros estipulados pelo meio social. Com isso, as crianças crescem com os paradigmas quebrados. Nesse contexto, a “ideologia de gênero” torna-se algo que pode ser mutável e não limitado, como define a biologia. Desde o nascimento, a relação do gênero é aplicada de forma ditatorial. As meninas são educadas para serem “moças comportadas” e os meninos a serem durões e “homens da casa”. Todavia, o debate sobre a ideologia de gênero se intensificou e, neste caso, estes comportamentos não precisam estar obrigatoriamente ligados ao sexo atribuído. Visto que a ausência destes debates gera crise de aceitação própria, onde o indivíduo não consegue se encaixar com o padrão biológico. Em conseqüência, ocorre a exclusão social e preconceito. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. De acordo com Kant, o ser humano e aquilo que a educação faz dele, dessa forma o ministério da educação poderia incluir temas relacionados à identidade de gênero nos planos de educação. Além disso, a secretaria de educação deveria disponibilizar psicólogos nas escolas, a fim de que diminua o preconceito e promova uma futura sociedade com orientação de gênero.