Título da redação:

A face do medo.

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 01/06/2017

Na antiga Grécia, o homossexualismo era mal visto entre as classes abastadas e as subordinadas. Com o tempo, o preconceito foi-se ramificando, com numerosos núcleos sociais. Hoje, a imagem dos homossexuais é ainda desvantajosa na sociedade, sendo vítima de discriminações, agressões físicas e homicídios. Quem quiser compreender –e modificar – esse panorama, deverá analisar a indiferença do homem com ele mesmo. Só assim, será possível perceber a complexidade do fato. Ao fazer a análise dessa dessemelhança, busca-se descobrir as causas primárias da situação. Na sua origem, mais do que a simples intolerância de gênero, está relacionado o sintoma de algo muito grave, o ódio, ou seja, indivíduos que alimentam o sentimento depreciativo contra os homossexuais, criando uma atmosfera psicológica e conturbada dos valores. É nesse perfil anímico que se formam a base do rancor e a raiz da indiferença dessa veemência. Nessa perspectiva, a crueldade e apatia constituem partes primitivas da essência dos homofóbicos. É preciso frisar, por outro lado, que os agressores não têm princípios de humanidade e muito menos de socialização. De fato, vivem e agem como estivessem no período homérico e criam fundamentos baseados em sua própria mentalidade abalada, humilhar e agredir. Dessa forma, desenvolvem comportamento hostil e agressivo contra suas vítimas. Percebe-se claramente, a violação dos direitos humanos e o desprezo com as leis. Isso explica as perversidades que os racistas cometem em nome de um suposto comportamento “heterossexual.” Para agravar as circunstâncias, os dados estatísticos demonstram o crescimento da execução. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata que: “Entre os anos de 2012 e 2015 houve o aumento de 8% (oito por cento) de homicídio contra os homossexuais nas capitais brasileiras. O que reflete a impetuosidade e a truculência dos assassinos.” Por conseguinte, expõe a violação dos direitos constitucionais dos cidadãos brasileiros. Torna-se evidente, portanto, que as dificuldades enfrentadas pela sociedade homoafetiva constituem mais uma vertente da banalização da violência. Para reverter tal quadro, é necessário o trabalho em conjunto dos Governos – decisão indiscutível –, sejam em promover a educação e a conscientização das diversidades sexuais nas escolas, para transformar os jovens em cidadãos mais críticos e incorporar o bom sendo e o respeito com os homossexuais, sendo assim, solidificando a consciência do papel desses na sociedade. E aderir em parceiras com as mídias para difundirem cultura, valor e os direitos constitucionais homoafetivos. Ou seja, propagar o conhecimento necessário para construção de um país justo e igualitário. E para os infratores, é essencial a criação de leis penais severas contra o preconceito sexual, para que haja harmonia social. Resta saber se a sociedade irá caminhar para o futuro mais democrático ou retroceder para “Era das Trevas”. Afinal, a educação é a base e o princípio da cidadania.