Promulgada pela Organização Das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante o direito à educação e ao bem-estar a todos os indivíduos. Hodiernamente, o ensino domiciliar em questão no Brasil contribui para a efetivação desse direito na prática, seja pelos benefícios que ele proporciona, seja pela qualidade necessária. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz. Em primeiro lugar, é importante analisar os benefícios que esse modelo educacional proporciona aos estudantes. A exemplo disso, é importante citar: flexibilidade (pois o aluno e o seu tutor decidem quando terão as aulas), tempo maior para atividades extracurriculares e a desnecessidade da locomoção diária até o ambiente de ensino, isso explica a razão desse sistema ser aderido por mais de 1,5 milhões de crianças e adolescentes dos Estados Unidos (de acordo com o National Center For Education Statistics) enquanto, por não ser regulamentado no Brasil, somente 7500 brasileiros (segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar) o utilizam. Nesse sentido, se for regulamentado e feito com qualidade, pode afetar significativamente nas provas realizadas pelos alunos, além de elevar o índice educacional brasileiro. Ademais, convém ressaltar a qualidade como um agente determinante para o sucesso do ensino domiciliar nacional. Visto que, consoante ao filósofo Kant: "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele", é notório que o nível de conhecimento oferecido por essa linha educacional afeta diretamente nas oportunidades disponíveis para o estudante, já que, com o advento da Era Digital, em que o conhecimento se tornou acessível a todos que possuem internet, as bancas responsáveis pelo desenvolvimento das provas de vestibulares se tornaram mais exigentes com o nível de conhecimento das questões. Logo, se esta forma de ensino não apresentar uma abordagem efetiva quanto ao aprendizado do aluno, ele terá sua possibilidade de ser aprovado drasticamente reduzida, tornando-o um adulto frustrado que talvez nem chegue a cursar o ensino superior. Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar essa problemática. Depreende-se, dessa forma, a necessidade de aumentar a qualidade do ensino domiciliar no Brasil. Para tanto, convém que esse modelo educacional seja regulamentado por meio da aprovação concedida Congresso Nacional, visando aumentar o número de indivíduos que utilizam esse sistema no país. Somado a isso, urge que o Poder Legislativo invista nessa linha de educação, por meio do redirecionamento de verbas governamentais, com o intuito de elevar o nível desse sistema e capacitar da melhor forma os tutores e pais. Quem sabe assim, o real cumprimento da Declaração Universal Dos Direitos Humanos deixe de ser uma utopia e se torne uma realidade nacional.