Home schooling ("Ensino domiciliar", em português) é um método de educação em casa que vem se popularizando nos EUA nas últimas décadas. Apesar de ser um método cheio de falhas e, em certo ponto, inconstitucional, essa modalidade entrou em debate na sociedade quando o atual presidente sugeriu a regulamentação dele no país. Por conseguinte, vê-se que esse é um assunto que necessita de ser melhor analisado, não só pelos contrapontos com a constituição, mas também pelos problemas relacionados à socialização da criança. É importante considerar, a princípio, que o ensino em casa não é compatível com a atual legislação brasileira. A constituição é bem clara quando se diz respeito à educação: a garante como um direito básico e inviolável do ser humano, além de definir o Estado como responsável por ela. Dessa forma, fica evidente em como o home schooling estaria distante dessa premissa constitucional, visto que o país não teria nenhum controle sobre a educação de um pessoa fora das escolas e universidades. Logo, é inaceitável que a população aceite a entrega da responsabilidade da educação para as pessoas que, muitas vezes, não tem uma formação adequada. Outrossim, tem-se a questão da escassez da interação social entre as crianças que tem educação domiciliar em detrimento do sistema convencional. Parece razoável aceitar que, na infância e até na adolescência, muito dos amigos são feito em ambientes escolares, pois é na idade escolar que existe uma convivência quase que diária com outras pessoas, o que acaba por gerar amizades que, às vezes, permanecem por toda a vida. Entretanto, as crianças que são educadas em casa infelizmente não tem esse convívio e, muitas vezes, acabam solitárias, condição essa que está atrelada à depressão e pode levar ao infeliz suicídio, segundo a Organização Mundial da Saúde. Torna-se evidente, portanto, que o ensino domiciliar não é a melhor opção para a educação brasileira. Para que ela suceda, de outra forma, é necessário que o Poder Legislativo aliado ao Executivo promovam a revogação da conhecida PEC do Congelamento dos Gastos, que congelou os investimentos em educação e saúde por 20 anos. Nesse sentido, é ideal que isso seja feito por meio de uma emenda constitucional, para que, assim, seja possível mais investimentos em educação e possivelmente a efetivação do que está escrito na constituição. Por conseguinte, é notório que isso facilitará a vida das futuras gerações, o que resultaria em um país mais rico e próspero para o futuro.