O Brasil vive a pior crise energética de sua história. Isso devido a falta d'água, subsídio necessário nas usinas hidrelétricas, e de uma administração pública adequada. Nesse contexto, a energia nuclear, explorada ainda de maneira ínfima, se comparada as demais, poderia ser uma saída para esse déficit energético. É uma constante notícias sobre a interrupção da energia elétrica em diversas regiões do país, sobretudo sudeste, centro-oeste e sul, causado pelos grandes períodos sem chuva, e consequente diminuição dos níveis dos rios, necessários nas hidrelétricas, somado ao fato de apenas 25% de sua produção nacional ser aproveitada pela população. Em contrapartida, o país possui a sexta maior reserva de urânio do mundo, componente essencial nas usinas nucleares, além de dois terços de áreas inexploradas do território brasileiro em relação a mesma, Além disso, a energia nuclear é uma fonte mais estável e menos imprevisível. O seu uso, em maior escala, poderia ser utilizado como combustível no setor industrial, no ramo da saúde, como no tratamento contra o câncer, e na pesquisa, principalmente na área química. Um exemplo dessa modalidade de produção no país é a usina de Angra 3, em processo de instalação,que passará a gerar energia nuclear equivalente a 50% do consumo do estado do Rio de Janeiro. É inegável o risco de contaminação do meio-ambiente pelos resíduos radioativos. Pensando nisso, o governo deveria destinar áreas específicas para esse tipo de lixo, através da construção de depósitos provisórios e permanentes até que a radiação desses detritos diminuam e possam ser descartados, ou até mesmo a construção de cavernas de grandes profundidas para a eliminação desses materiais radioativos. É notável que a produção de energia nuclear de maneira cuidadosa e consciente pode ser uma das saídas para os problemas energéticos enfrentados no Brasil.