A celeuma sobre a crise energética brasileira vem hodiernamente tomando espaço na sociedade. Consoante o ensaísta francês Joseph Joubert, o objetivo da argumentação, ou da discussão, não deve ser a vitória, mas o progresso das ideias. Por conseguinte, a importância de uma análise acerca da energia nuclear é substancial para que haja soluções eficazes e peremptórias. Em primeira análise, vê-se a energia nuclear com bons olhos pelo fato de causar baixo impacto ambiental no que tange à emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). Nesse sentido, segundo Lavoisier, na natureza nada se cria e nada se destrói, tudo se transforma. Logo, para se enriquecer o urânio (elemento usado como combustível para gerar energia), uma parte tem que ser empobrecida. Nesse sentido, há de se considerar a produção de rejeito, o chamado lixo nuclear, que ainda pode emitir muita radiação. Aliás, essa é extremamente prejudicial, não somente, às pessoas que são expostas de imediato, como também, a sua prole. Outrossim, é a problemática referente ao resfriamento dos reatores usados para a geração, propriamente dita, da energia. Sabe-se que as usinas nucleares são construídas próximas a corpos d'água, os quais são usados para retirada de água fria e devolução de água quente. Cabe ressaltar que a água quente quando volta, ela causa redução na quantidade de oxigênio dissolvido na água, levando, dessa forma, a um desequilíbrio tanto na fauna quanto na flora da região. Diante da delicada conjuntura apresentada, faz-se necessário, portanto, a ação conjunta no Ministério de Minas e Energia com o Governo Federal a fim de produzir uma cartilha - para as usinas - informando o que deve ser feito para um correto acondicionamento do lixo, fiscalizar tal processo e impor sanções para as que, por ventura, deixem de cumpri-las. Além disso, deve haver projetos de pesquisa universitária das faculdades de engenharias para o desenvolvimento, em parceria com as usinas, de novas tecnologias no resfriamento dos reatores. Por fim, pode-se citar a criação, por parte do Ministério do Meio Ambiente, de um conselho responsável pela recuperação das áreas degradadas.