O ritmo da vida ocidental moderna demanda quantidades imensas de energia elétrica. Essa necessidade de abastecimento constante obriga as nações a buscarem as melhores formas de suprir a demanda de acordo com suas possibilidades. Cada país possui suas peculiaridades naturais, cabendo aos governantes as tomadas de decisões estratégicas que aliem eficiência e menor impacto ambiental possível. O caso brasileiro é especial: o país possui imensa capacidade de produção hidrelétrica, solar e eólica. Além dessas alternativas naturais, também há a opção da produção de biomassa com os excedentes da agicultura e pecuária. A fonte nuclear -apesar de ser altamente eficaz- parece, portanto, não adequar-se idealmente à realidade do país. Ademais, os riscos inerentes ao seu manejo são muito altos e prejudicam as regiões que são afetadas por acidentes por mais de décadas. Até mesmo a produção correta gera alta quantidade de resíduos radioativos, o que demanda uma grande cadeia de recursos para sua correta destinação. O decarte inadequado já foi responsável por tragédias no Brasil, especificamente na cidade de Goiânia, onde um aparelho de uso médico contendo o elemento químico césio causou doenças e complicações para uma vizinhança inteira. Seria ilógico, portanto, ignorar todo o potencial energético natural do país e investir novamente na construção de novas usinas nucleares de produção. Contudo, as já existentes não devem ser extintas, pois o processo de desativação também é bastante oneroso. A real solução para a questão energética brasileira está potencialmente concentrada na geração fotovoltaica. Há, em nosso país, abundância de áreas territoriais onde poderiam ser instaladas placas de captação solar. Para isso ocorrer de fato, são imprescindíveis os investimentos na pesquisa científica, pois poderiam ser desenvolvidas tecnologias de menor custo e maior eficácia. Para isso, cabe ao governo garantir ao Ministério da Educação os recursos necessários para a concessão de bolsas a pesquisadores. Soma-se a isso a opção eólica, que aumentou nos últimos anos, mas que pode crescer ainda muito mais.