O acidente na usina ucraniana de Chernobyl foi considerado o pior desastre nuclear de toda a história. No Japão, as falhas na usina nuclear de Fukushima, decorrentes de um tsunami, desencadearam efeitos devastadores no meio ambiente e na saúde humana. Em virtude desses episódios, a energia nuclear é vista com temor. Entretanto, a utilização de elementos radioativos como recursos energéticos, apresenta inúmeros benefícios. Nesse sentido, a energia termonuclear é uma solução para o Brasil, tendo em vista a crise energética que o país enfrenta. A produção de energia nuclear, além de não liberar gases de efeito estufa, independe de fatores climáticos como ventos e chuvas. Em contrapartida, outras fontes de energia, como hidrelétricas e termoelétricas, geram inerentes impactos ambientais, com construção de barragens e a queima de combustíveis fósseis, respectivamente. Sendo assim, é preferível investir em usinas nucleares, uma vez que, apesar de conter riscos de acidentes, é possível adotar critérios rigorosos de segurança baseados em constantes manutenções e monitoramentos. “O que leva a crise energética é a falta d’agua. Aumentar o parque gerador nacional é imprescindível em razão da constante demanda por energia”. A afirmação do especialista da Universidade Estadual de São Paulo, Guilherme Filippo, deixa evidente a dependência do setor de energia em hidrelétricas. Diante disso, é necessário diversificar a matriz energética. Nesse cenário, a produção de energia nuclear é favorável, pois o Brasil possui recursos abundantes de urânio. Somado a isso, mesclar fontes energéticas como a fotovoltaica, a eólica e a de biodigestores, aumentaria a disponibilidade de energia para a população. Portanto, é possível contornar a crise energética em longo prazo com a ampliação da energia nuclear com outras fontes alternativas. Para tornar isso possível, é necessário que o Governo Federal invista em usinas solares, eólicas, nucleares e, principalmente, na exploração das reservas de urânio, com o objetivo de utilizar esse recurso em prol da população. A mídia, por sua vez, deve promover debates entre especialistas, com intuito de desmitificar o tema e introduzi-lo nas pautas discutidas pela sociedade. Ao Ministério de Minas e Energia, cabe buscar cooperações com países que utilizem esse tipo de energia, com a finalidade de trocar dados e experiências acerca da tecnologia utilizada, com ênfase na segurança, tanto do processo em si, quanto do meio ambiente e da saúde das pessoas.