No dia 16 de outubro de 2016 ocorre no Brasil, mais especificamente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste , umas das maiores interrupções no fornecimento de energia elétrica já existentes no país. A constante ocorrência de problemas em usinas hidrelétricas juntamente com as constantes secas com as quais o país vem passando, faz surgir o seguinte questionamento: Até quando será possível a utilização de usinas hidrelétricas como única fonte de fabricação de energia? Sabe-se que no Brasil a produção provinda de energia hidroelétrica possui caráter majoritário, no entanto, a dependência de quanto e onde vai chover faz com que a operação do sistema dependa em grande parte da natureza e acabe por se tornar incerto. Diante desse cenário, um método até então pouco conhecido, e de grande predominância em países de primeiro mundo, vem ganhando cada vez mais destaque. A energia nuclear ou atômica, é um tipo de energia proveniente da transformação do núcleo do átomo de urânio, provocando assim, divisão do mesmo com a vantagem de não liberar gases estufa. Embora pouco conhecido, tal procedimento possui grande capacidade de geração elétrica aliada a várias vantagens, a primeira delas encontra-se no fato de nosso país possuir uma das maiores reservas mundiais de urânio, principal tipo de combustível utilizado, e conter com 3 usinas em Angra do Reis que, embora ocupem mais um papel de Central que de produtoras de energia, vêm apresentando resultados cada vez mais satisfatórios no que diz respeito a produção. Pode-se ainda citar que o fato de diferentemente do combustível fóssil, o combustível nuclear não possui nenhum uso industrial, isso aliado à pequena quantia de urânio necessária para abastecer uma cidade inteira de energia, faz com que não haja riscos de esgotamento. Além do mais, por possuir origem nacional e ser necessário uma pequena área para sua instalação, as usinas poderiam ficar relativamente próximas aos grandes centros consumidores. Inclui-se ainda como vantagem proveniente da pequena quantidade de combustível necessário, a redução de gastos em matéria-prima, transporte, mineração e manuseio do combustível nuclear. Portanto, é possível concluir que a implantação da produção de energia térmica no Brasil é algo que só tem a acrescentar positivamente no desenvolvimento do país, beneficiando diversos setores, desde a qualidade do ar que a população respira, reduzindo doenças e aumentando a qualidade de vida até a redução do défice comercial e aumento da competitividade. O pontapé inicial deverá ser através do governo, o mesmo pode lançar projetos e políticas para atrair o interesse do mercado mundial para o país, investir em pesquisas em grandes centros universitários, para que assim, novas tecnologias possam ser desenvolvidas e a utilização de energia nuclear seja feita da melhor maneira possível. Investimentos para construção de usinas seguras e modernas e o melhoramento das usinas de Angra também devem estar presentes nos planos do Estado. As pesquisas e utilização de fontes renováveis – eólica, solar e biomassa- devem continuar e serem aplicadas no dia a dia cada vez mais, para que a energia térmica seja um complemento em períodos nos quais as fontes dependentes de ciclos da natureza não estão totalmente disponíveis. Vale ressaltar que não se deve haver competição entre as fontes energéticas disponíveis, mas sim, um trabalho complementar.