O Brasil, por apresentar um potencial majoritariamente hidroelétrico para o abastecimento nacional de energia, possui vantagens econômicas internacionais. Contudo, a disponibilidade dessa energia está a mercê de fatores climáticos. Em virtude disso, o debate sobre o uso da energia nuclear é fomentado, e pontos positivos e negativos são colocados em pauta. A riqueza fluvial brasileira, ao contrário de outros países, permite a manutenção de um grande aporte energético renovável através das hidrelétricas. Entretanto, para que as hidrelétricas funcionem com capacidade máxima de produção, é necessário que ocorram precipitações regulares, ou seja, grande parte da fonte energética brasileira depende dos fatores climáticos. As usinas nucleares, por outro lado, possuem alta capacidade produtiva quase que constante ao longo do ano e, ao contrário das hidrelétricas, não acentuam o efeito estufa. Desse modo, as usinas nucleares podem suprir uma possível carência energética das hidrelétricas que venham a ser provocada por alguma drástica alteração climática. Todavia, a energia nuclear oferece riscos à vida aquática. Isso se dá devido ao aquecimento das águas do rio mais próximo da usina, uma vez que, são as águas, mais comumente, dos rios, as responsáveis por resfriar as turbinas dos reatores. Em consequência disso, eleva-se a temperatura das águas, o que pode provocar a morte da fauna aquática. Ademais, a produção do lixo radioativo é produto das usinas nucleares e seu descarte, bem como contenção, é outra grande problemática. Portanto, salienta-se o caráter de completude das usinas nucleares às hidrelétricas. Dessa maneira, é possível enxergar a energia nucelar como uma solução para as crises hídricas brasileiras que, não raras, são provocadas pelas alterações climáticas. Logo, investimentos na construção de novos aportes nucleares, bem como a manutenção dos já existentes, seriam de grande auxílio à matriz energética brasileira.