A usina nuclear de Angra I foi construída no período militar brasileiro, no qual esse projeto introduziu esse tipo de energia no Brasil. Contudo, no século XXI, devido a uma crise energética no País a ideia de se expandir essa matriz já é debatida. Diante disso, vale ressaltar que pode se tratar de um plano precipitado em razão de esse oferecer um clima de insegurança. Dessa forma, é necessário analisar inicialmente essa temática para posteriormente apontar suas soluções. Primeiramente, nota-se que a expansão desse projeto enfrenta grande resistência da população. Uma vez que apesar do ótimo aproveitamento energético que o urânio oferece sempre existirão os riscos de vazamentos, principalmente, se não houver fiscalizações efetivas. Um exemplo que remete a essa situação ocorreu no Japão, em que a usina de Fukushima sofreu um grande desastre radioativo, em virtude de vazamentos de materiais perigosos. Por conta disso, fica evidente que acidentes como esses representam um grande perigo para sociedade. Ademais, é importante salientar os danos ambientais promovidos por essas instalações que usam radioatividade para produzir eletricidade. Isso porque se a exploração do urânio não seguir padrões de segurança e o despejo desse material não ser de maneira adequada, pode resultar em sérios acidentes. Um caso que prova isso ocorreu em Goiânia, em que o descarte de lixo radioativo contendo Césio-137 causou impactos ambientais e sociais na cidade. Por conta disso, fica claro o grande potencial dessa matriz de causar desastres. Perante a esse contexto, urge a necessidade de encontrar outras soluções para resolver a crise energética brasileira. Portanto, em um primeiro plano, é crucial que o Ministério de Minas e Energia propicie um aumento da demanda de eletricidade, como terminar as obras da Hidrelétrica de Belo Monte e investir nas manutenções nas de Itaipu, Jirau e Santo Antônio, para assim expandir o abastecimento no País. Além disso, é preciso financiar fontes renováveis que não ocasionem riscos, como a expansão dos parques eólicos por todo litoral nordestino e introduzir energia maremotriz nas praias que estão próximas aos grandes centros industriais do Brasil. Com isso, pode-se enfim retirar esse plano precipitado de que a melhor alternativa para crise energética da República é expansão da energia nuclear.