Fundamentado no que o Iluminismo representa para Kant, isso é, a retirada do homem da sua menoridade, deve-se saber que uma nação só avança com a participação empática da sociedade. No entanto, quando se observa a questão da energia nuclear como solução para o país, percebe-se, a partir dos discursos de senso comum, que esse ideal iluminista é verificado no princípio e não, desejavelmente, na conduta. Nesse sentido, para que esse quadro seja revertido, é preciso uma análise crítica do condicionamento inviável da energia nuclear como solução para os problemas elétricos do Brasil. Mormente, é preciso lembrar o que parece estar esquecido, a sociedade hodierna no século XXI está em plena revolução tecno-científica. Já existem muitos meios de se produzir energia, desses, uma gama é limpa e renovável como, por exemplo, a eólica e a solar. Dessa maneira, é preciso se ater ao que isso representa, consegue-se gerar energia a partir do sol ou do ar, algo jamais imaginável. Assim, interpreta-se que o desenvolvimento de outros ainda mais efetivos é uma questão de incentivo. Além disso, o debate é sobre uma fonte de energia que já causou grandes danos conhecidos por todos. Chernobyl, ainda em 2017, vive os efeitos da radiação, são animais contaminados e anômalos, dentre outros resquícios do acidente. Isto posto, é necessário se fiar ao que isso exprime, os danos em potenciais da energia nuclear já foram historicamente vivenciados e impactam horrendamente vidas ainda hoje. Nesse contexto, glosa-se que cogitar o uso dessa tecnologia como solução é dar chances ao país de viver um desastre. Infere-se, portanto, que a filosofia Kantiana se faz necessária no debate da questão da energia nucelar como solução para o país, visando uma vivência com interações menos conflituosas. É preciso que o Estado assuma, portanto, sua responsabilidade diante do problema elétrico em consonância com a população, haja visto que energia nuclear de longe não é a mais viável. A participação do MCTI e do MME são fundamentais, com os impostos arrecadados, têm o dever de promover e incentivar pesquisas e aprimoramentos sobre o assunto como, por exemplo, a produção a partir da energia cinética do tráfego de carros. Além disso, o Ministério das Comunicações tem a função de assegurar o debate democrático sobre o tema, com consultas públicas na internet. Sendo assim, se tais ações forem tomadas, será possível solucionar a crise elétrica do país.