A humanidade sempre dependeu da exploração de recursos para sua sobrevivência e com o advento da industrialização, cresce, entre outros fatores, a maior demanda por fontes energéticas. Enquanto algumas formas de produção necessitam de fatores climáticos ou regionais, outras como a energia nuclear necessitam apenas de instalações e procedimentos adequados. Por possuir dimensões continentais e população que aumenta demasiadamente em grandes centros, o Brasil possui alta demanda de energia. É importante ressaltar que, por ter um território localizado majoritariamente em região de clima tropical, a incidência média anual de raios solares é alta, viabilizando uso de energias mais limpas, como a solar e secundariamente, até mesmo a eólica, ambas consideradas mais amigáveis ao meio ambiente. No que se refere aos riscos na manipulação de material radioativo, surgem na história vários acidentes, em destaque o de Chernobyl, na Ucrânia, o de maiores prejuízos humanos e materiais até hoje; bem como o Césio-137, ocorrido no centro de Goiânia, que não envolveu propriamente uma usina, mas sim um descarte indevido de lixo hospitalar, altamente radioativo. No ano de 2011, ocorre o acidente nuclear mais recente, no Japão, na cidade de Fukushima, onde um terremoto é o agente causador da contaminação. Com as alterações climáticas do planeta, este mais suscetível a desastres naturais em menor intervalo de tempo, não há a impossibilidade de mais acidentes deste caráter ocorrerem. Embora existam regiões que não possuam variedade na obtenção de energia senão recorrer a usinas nucleares, não é o caso brasileiro, onde a existência de uma crise energética advém de uma manobra política mal-sucedida que reduziu custos em hora errada e não da escassez de recursos energéticos, esta foi apenas consequência do preço mais baixo, como determina a lei da oferta e da procura. Conclui-se então que, a energia nuclear, para o Brasil, não é primordial e sua implementação pode trazer mais riscos do que vantagens. O território brasileiro favorece o uso de energias alternativas e portanto os ministérios competentes a questão energética precisam incentivar, desde as fabricantes de instrumentos de captação de energia ao preço com que os produtos chegam ao usuário doméstico, com subsídios fiscais. Necessário também garantir que as usinas já existentes sejam desativadas propriamente, para evitar futuros acidentes.