A energia nuclear é considerada um dos grandes avanços da humanidade no século XX, devido a seu alto potencial elétrico, sem necessitar de grandes riquezas naturais. Todavia, o principal combustível dessas usinas, é o elemento químico urânio, extremamente nocivo a saúde humana e ao meio ambiente, decorrente da sua característica radioativa. Assim, cria-se a dualidade do tema, que se mostra complexo. Em primeira análise, cabe pontuar que o Brasil possuí a sexta maior reserva mundial de urânio, logo, infere-se que a instalação das termoelétricas é economicamente viável no país. Entre as vantagens dessa usina, podemos citar o seu custo relativamente baixo em comparação as outras fontes, não emitem poluentes para a atmosfera e não ocupam grandes áreas. De acordo com o especialista em energia da Universidade Estadual de São Paulo(Unesp), Guilherme Filippo, a necessidade em aumentar a produção energética, no território brasileiro, cresce anualmente cerca de 4%, número altíssimo se levarmos em conta toda a infraestrutura requerida para a construção das usinas convencionais. Entretanto, não podemos negligenciar o fato do território brasileiro ser um país riquíssimo, em recursos naturais -hídricos, eólicos e minerais. A usina hidrelétrica de Itaipu, localizada no rio paraná, fronteira entre Brasil e Paraguai, responsável por cerca de 15% da produção de energia consumida no Brasil, é um exemplo claro de funcionalidade da energia limpa. Ademais, como foi dito pelo cofundador do Greenpeace, Paul Watson: ''Inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente.'' A complexidade da energia nuclear, em suma, divide opiniões, sendo um ''ying yang'' nacional. Portanto, para equilibrar a balança do debate, o Ministério de Minas e Energia, deve diversificar os meios de produção de energia, em consonância com a diversidade natural encontrada no país, criando novas usinas termonucleares, em regiões isoladas, protegidas e fiscalizadas, sem deixar de lado o investimento nas energias limpas. Outrossim, o Governo Federal deve investir na conscientização popular sobre a importância de se economizar energia, promovendo campanhas na mídia e palestras educacionais, com o objetivo de manter a sustentabilidade energética do país.