Título da redação:

ENERGIA NUCLEAR: INVESTIR OU NÃO.

Tema de redação: Energia nuclear: uma solução para o Brasil?

Redação enviada em 19/03/2017

No Brasil, devido à demanda de: eletroeletrônicos, internet, do constante desenvolvimento tecnológico, do parque industrial nacional, da ampliação da distribuição elétrica para o interior do país, maior renda dos cidadãos, faz-se necessário o aumento da oferta de eletricidade e diversificação das raízes energéticas na federação. A construção da hidrelétrica de Itaipú na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, foi um marco da engenharia brasileira durante a ditadura militar (décadas de 60 a 80) e em conjunto com outras de portes menores e termoelétricas suprimiram por muitos anos a demanda elétrica do país. Todavia, as últimas com seu alto custo é extremamente poluidora, visto que é alimentada a carvão e as primeiras, embora não emitam gases do efeito estufa, por ser a queda d’água, que faz girar as turbinas gerando eletricidade, ocupam uma enorme região alagada e represada, alterando a biologia local com a transferência de espécies animais, vegetais, readaptação de outras, submergindo povoados, vilarejos, cidades, obrigando a população local a deslocarem-se para outras regiões, cuja vida, patrimônio e história são obrigadas a fixar e escrever em novo lugar, sujeitando os demais habitantes dos arredores, em terra firme, a desastres como o rompimento da barragem na cidade de Mariana em Minas Gerais, apagando a cidade por meio de um mar de água, lama e destruição. Desde a década de 80, o Brasil domina o ciclo de produção do combustível nuclear com centrífugas de tecnologia 100% nacional, têm duas usinas nucleares em funcionamento__Angra I e II__ e a nossa Carta Magna de 1988 permite o uso dessa área do conhecimento para fins pacíficos. Porém, o alto custo e a difícil disposição dos resíduos radiativos, assim como o baixo apelo popular dos diretamente afetados em sua implantação torna inviável, atualmente, ao governo o investimento massivo neste tipo de construção. Ademais, o acidente na usina de Fukushima, no Japão a alguns anos, mostraram-nos que mesmo com planejamento, manutenção constante e sistemas avançados de prevenção, um caso fortuito como o terremoto, que culminou no rompimento e derretimento de um dos reatores e por conseguinte na fuga de radiação, que contaminou uma região enorme ao redor do desastre, o mar, criando uma área inóspita para a ocupação humana por longas décadas ou séculos, desencoraja o investimento nessa área científica. É fato a necessidade de diversificação da matriz energética do país. Algumas regiões, como a Norte e Nordeste, podem beneficiar-se da adoção de usinas solares e eólicas devido a vasta irradiação solar e força dos ventos, aliadas a baixa produção de gases do efeito estufa. Além disso, nas regiões com rios de boa vazão devemos investir em hidrelétricas (apesar da forte dependência dos regimes de chuvas) e, por fim, dedicar-se ao conhecimento e aprimoramento da aplicação da tecnologia nuclear para atender nossas necessidades internas nas áreas energéticas (usinas elétricas), medicinal (quimioterapia), química (isótopos, marcadores radioativos) e militar com o advento do primeiro submarino nuclear brasileiro.