Título da redação:

Energia nuclear: benefício perigoso

Tema de redação: Energia nuclear: uma solução para o Brasil?

Redação enviada em 09/03/2017

A tecnologia da radioatividade foi impulsionada na década de 1930 para fins bélicos. Hoje, as usinas nucleares utilizam-na para produzir energia elétrica em grande escala. No Brasil, três usinas nucleares estão ativas e, com a crescente necessidade de ampliação da oferta de eletricidade, há um questionamento sobre a ampliação delas no Brasil. No entanto, apesar de grandes benefícios, algumas desvantagens podem ameaçar o investimento em novas usinas. As usinas nucleares produzem de forma efetiva uma energia elétrica dita “limpa”. Para se ter uma ideia, poucos quilos de urânio equivalem a toneladas de carvão vegetal no aquecimento de reatores que geram energia. Ao contrário da queima do carvão, que resulta na emissão de grandes quantidades de CO2 na atmosfera, essas usinas produzem energia sem emissão de gases prejudiciais à camada de ozônio. Ademais, elas necessitam de menor área física para instalação, comparadas às hidrelétricas. Todavia, alguns pontos críticos colocam as usinas nucleares em desvantagem comparadas às demais. Entre eles, podemos citar o lixo radioativo, que se mantém como fonte de contaminação radioativa e de degradação extremamente lenta e, por isso, deve ser estocado no fundo dos oceanos. Além do mais, apesar de ser uma tecnologia relativamente segura, acidentes graves já ocorreram. Por exemplo, o desastre de Chernobyl, em 1986, foi um fato que marcou a história. Ainda hoje, as pessoas sofrem os males provocados pela radiação e um extenso território não pode ser habitável. Assim, uma avaliação mais criteriosa quanto à criação de novas usinas nucleares no Brasil é necessária, uma vez que, na ocorrência de acidentes, obtêm-se prejuízos incalculáveis. Como opção, o governo deveria investir no melhoramento das várias hidrelétricas existentes, que na sua maioria estão subutilizadas. Por outro lado, as universidades de engenharia elétrica devem buscar inovações tecnológicas para a criação de reatores de alta performance. Além disso, parcerias público-privadas podem investir em fontes de energia elétrica alternativas, visto que períodos de seca prolongada afetam a produtividade das hidrelétricas. Como exemplos, há as usinas eólicas e, apesar de futuristas, as usinas elétricas alimentadas por lixo orgânico. Dessa forma, pode-se obter energia suficiente, e segura, para um Brasil que cresce e se desenvolve.